A renovação natural e a implacabilidade com os velhos profissionais da comunicação no rádio.

É natural que a renovação aconteça em qualquer setor da vida seja ela nos espaços corporativos e mesmo dentro de empresas familiares. Os novos profissionais, geralmente aparecem com uma formação teórica adquirida em uma universidade e mais atualizados em relação a linguagem.Ela acontece em todas as épocas. O rádio também passa por esses processos e mudanças no decorrer dos anos. Após a Copa do Mundo de 1970 e percebendo a importância de uma renovação um velho jornalista carioca de O Globo sugeriu a WALDIR AMARAL que deixasse de narrar uma partida de futebol completa e dividisse o jogo com Jorge Curi que era da Rádio Nacional. A experiência tinha dado certo no Pool de emissoras para a Transmissão da Copa no México. Deu certo e WALDIR/CURI foram protagonistas nos anos 70 e começo dos anos 80 no rádio carioca e fizeram escola,mas as brilhantes idéias de Waldir que transformaram o rádio esportivo em um verdadeiro show de efeitos e sinais nos começo dos anos 60, dando mais dinamismo pra época, pararam por aí e ele mesmo resolveu encerrar a carreira e fez questão de declarar que todos precisam saber a hora de parar( Ainda que tenha voltado para a Tropical Fm e Jornal do Brasil). Jorge Curi continuou , mas na sombra dele JOSÉ CARLOS ARAÚJO com uma linguagem totalmente inovadora , subia na audiência pela Nacional e chamava a atenção dos mais jovens. Em 1984 A Rádio Globo no auge de sua maior audiência demite Jorge Curi e recontrata o GAROTINHO JCA. A mudança foi elogiada por muitos e criticada por outros. É sempre assim quando se deve renovar, choro de um lado e aplausos de outro.
Sou absolutamente a favor da renovação e do aproveitamento de gente nova, mas vejo um grande equívoco acontecendo com alguns veículos principalmente no Rio de Janeiro. Algumas grandes rádios lançam sem critério os novos valores, exageram na contratação de estagiários,aproveitam rapazes e moças sem história e experiência e dão a eles a missão de renovar o rádio. Quanto aos velhos e consagrados muitos são demitidos e outros esquecidos como se não tivessem valor e nada de conteúdo para contribuir por se tornaram octogenários. A renovação seria melhor empreendida se o critério pra ela fosse uma mesclagem dos mais experientes e consagrados com os garotos que chegam das faculdades com vontade de crescer na profissão. No caso da Rádio Globo se mudou tudo, prefixos famosos, vinhetas, programas, apresentadores, filosofia e o rigor por se renovar foi tão grande que a audiência despencou, dependendo de um Padre para ter uma pontuação apenas razoável. Do lado de fora verdadeiros ícones como Denis Menezes, Áureo Ameno, Sérgio Noronha, Cezar Rizzo, Luiz Carlos Silva dentre outros perderam o direito de atuarem no rádio simplesmente porque envelheceram, como se maturidade não valesse nada no processo de formação de quem está chegando. Curiosamente quem lidera no Rio no Futebol tem 76 e 78 anos respectivamente ou seja GAROTINHO E APOLINHO e pouquíssimos se despontam com possibilidade de um novo estilo. Como é importante a renovação e destaco na narração esportiva nomes como o de EVALDO JOSÉ, ODILON JUNIOR,RONAIR MENDES ( em Goiás )como possibilidades para o futuro que chegou, mas eles jamais serão alguma coisa se os novos executivos do rádio mantiverem a implacabilidade e a rejeição de nomes que jamais poderiam estar fora do meio simplesmente porque avançaram na idade. Talvez o Brasil seja o único país onde quem passa dos 60 perde o valor profissional o que é na minha opinião um absurdo. RENOVAÇÃO NO RÁDIO JÁ MAS COM CRITÉRIOS INTELIGENTES é o que defendo.imagesimages



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