Ex redator do Repórter Esso pede respeito ao noticiário “O Globo no ar” da Rádio Globo

Áureo Ameno chegou a Rádio Globo em 1955 por convite de Léo Batista que naquele ano deixava a emissora de Roberto Marinho para inaugurar a TV RIO. Áureo começou no Sistema Globo como redator de “O GLOBO NO AR” que na época tinha como apresentadores além de Léo Batista ( Hoje na TV GLOBO ) ,os locutores Américo Vilhena, Oswaldo Luiz e Carlos Noronha. Hoje aposentado aos 82 anos Áureo com muita lucidez e bastante energia escreve sobre o noticiário que se tornou depois do Repórter Esso uma marca de credibilidade da Rádio Globo e que hoje está completamente descaracterizado. Leia o texto na íntegra aqui no site
artworks-000048530392-pe5j3g-t500x500( Créditos ao portal Rádio de Verdade )

Como o “Repórter Esso” já é passado, virou marca, virou história e “O Globo no Ar” ainda existe, fico no presente. Trata-se de um noticiário que também fez escola no rádio. Eu, que redigi os dois, não sentia diferença entre eles. Ética, clareza, objetividade e credibilidade eram requisitos de um e de outro. De hora em hora, entrava “O Globo no Ar”, que não era lido por qualquer um. Vinha nas vozes INCONFUNDÍVEIS do Guilherme de Souza, Isaac Zaltman, Roberto Figueiredo, Arildes Cardoso, José Mangia, Paulo Siqueira, Oswaldo Luiz e poucos, pouquíssimos outros. Só feras.
Certa vez tive de ler uma edição e confesso: “me borrei de medo”! Que responsabilidade! Era, e ainda é, o único noticiário de rádio que traz no seu nome a grife de um grande jornal. Trocando em miúdos: não é qualquer coisa no ar. É “O Globo no Ar”! E era. E ainda deveria ser! Nossos companheiros de jornal se orgulhavam e também participavam do noticiário.
Infelizmente, com o tempo, foram tirando a importância desse noticiário. Mexeu-se nas chamadas e na interpretação. Não se exige mais uma voz marcante que prenda o ouvinte. Não se exige mais conteúdo importante e de interesse público. O conteúdo caiu e a interpretação idem. Hoje, qualquer um (e nesse qualquer um eu me incluiria, se fosse o caso), lê o noticiário. Na madrugada, então, é uma lástima. A derrubada ocorreu antes da atual administração. Na verdade, a derrubada, quase geral, começou quando pessoas que não estavam preparadas para o cargo, que não entendiam de rádio, assumiram a direção da emissora do Russel.
A atual administração tem condições de reverter essa situação. Não é tão difícil assim. Tratem melhor um noticiário que já teve grife, que já foi referência. Por mais que a tecnologia e conceitos de comunicação avancem, as melhores emissoras de rádio e televisão não abrem mão do seu padrão de qualidade, em matéria de jornalismo. Eu, como ouvinte, quero o meu “O Globo no Ar” de volta



1 Comentário

  1. João Carlos Viegas disse:

    Nada a acrescentar ao que Áureo Ameno disse. Infelizmente, não será ouvido.

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